sexta-feira, 20 de junho de 2014

Um breve comentário sobre a Legião Urbana

São 02:37h da manhã, acabei de assistir o documentário Rock Brasília – Era de ouro, que depois de um bom tempo almejando, hoje tive a oportunidade de vê-lo. Não é de hoje que a Legião Urbana mexe comigo, com suas músicas diretas e revolucionárias e atemporais. Sim, atemporais! Passaram-se os anos e o século agora é o XXI, e pode-se ouvir as músicas da Legião sendo cantadas em rodas de amigos nas praças ou ao redor de uma fogueira num luau qualquer, ou sendo tocadas na casa do vizinho ou também cantadas nos show de grandes artistas. O tempo passou, a ditadura acabou, o sistema evoluiu em todos os seus pilares, (ainda bem!) e as músicas da Legião continuam e, acredito eu, sempre continuarão fazendo sentido para todas as gerações através dos tempos.     
Conheci a banda através do meu pai que também a admira bastante. E então, no início da minha adolescência, não lembro exatamente a idade, mas foi quando as músicas da banda começaram a fazer sentido para mim, quando eu passei a saber interpretá-las e então peguei todos os CDs da Legião que meu pai tinha e passei a ouvi-los incessantemente, prestando atenção a cada letra, pesquisando cada assunto abordado, inclusive os contidos nas entrelinhas.
Gastaria aqui folhas e folhas de papel explicando esse amor, mas quase esqueci que amor não se explica. Apenas chegou e ficou. E para mim, que faço parte da geração dos anos 90, resta apenas a coleção de discos, os DVDs, as entrevistas, os vídeos espalhados pela internet, as biografias... 
Resta-me apenas a saudade, saudade de tudo aquilo que eu não vivi no tempo em que eu não existia.


(Dener Abreu - 20/06/2014)

terça-feira, 1 de abril de 2014

Times ago

Eu lembro bem...
Lembro da sua rua pacata, do seu cachorro de raça nobre, da vista do jardim através da janela do seu quarto...
Lembro das músicas que ouvíamos enquanto nos beijávamos, lembro da voz da Cássia Éller soando tão bonita naquela tarde ensolarada e lembro também de você dizendo que a música "Nós" era a sua favorita.
Hoje restam apenas as lembranças, a lembrança do almoço que você fez, dos seus papagaios repetindo o que você falava, da minha camisa amassada, do seu beijo e do adeus não dito e sem explicação.

(Dener Abreu - 25/03/2014)

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Roma Negra, a Cidade-sol

Na cidade-sol quando chove tudo para; tudo alaga; casas deslizam; pessoas morrem, sofrem e engolem. Não é de hoje que problemas assim acontecem na cidade, como o grande Gregório de Matos retratou há tempos atrás sobre a nossa Senhora Dona Bahia, que atualmente, está bem pior do que os relatos de antes.
Esta Roma não é a Roma europeia, longe disso! É a Roma Sub-americana, a Roma explorada, triste e cansada. Não é a terra linda e maravilhosa e coisa linda de meu Deus, não de deixe iludir! A cidade-sol tem de tudo para ser grandiosa e quase perfeita, pois também é uma opulenta cidade além de ter grandes histórias, mas ela precisa de um simples gesto de grande valia: o cuidado. Cuidado e investimento - são os dois verbos principais para a engrenagem da nossa cidade.
Infelizmente, nem todos estão no mesmo barco, em unanimidade quando se trata da luta-para-alcançar-melhoria; é perceptível os contrastes entre as camadas sociais, tem a moça que mora nas ruas e batalha pra se alimentar e alimentar seus filhos, e do outro lado, a burguesia nos camarotes e abadás do carnaval.
A Roma Negra a qual trata-se aqui, encontra-se no país onde o Darcy Ribeiro descreveu minuciosamente em seu livro "O Povo Brasileiro", e também na música "Roma Negra", perfeitamente escrita pela Pitty e pelo Fábio.
Ela é uma cidade guerreira mas também sofrida, e seu povo é sofrido e também alegre; sofrido por passar humilhações cotidianas, por ter que ficar horas e horas em congestionamentos no trânsito, por ter que passar sobre poças d'água nas ruas, por ter péssimas condições de trafegar nas estradas...
A primavera chegou, mas aqui eu não vi as flores! Eu vi descaso, desgosto, insatisfação, lama, tempestade e sofrimento.
Tudo estampado e explícito.

(Dener Abreu, em 10 de Outubro de 2013)
Às vezes pensamos que pequenas pessoas têm grandes sonhos, mas, com o passar do tempo, percebemos que grandes mesmo eram as pessoas, e os sonhos, pequenos demais.

(Dener Abreu)
"Muito peixe foi embrulhado pela folha de jornal".

sábado, 7 de setembro de 2013

Sobre Telemarketing

Eu acho que cada pessoa deveria ter pelo menos cinco meses de experiência como operador de telemarketing.
Sabe por quê?
Para quando ligar pra qualquer central, ter a paciência, pois eles dependem de um sistema muitas vezes falho; pois saberiam que eles não são os causadores do problema que ocorreu; pois saberiam que além de atenderem centenas de pessoas em apenas um dia, eles são bastante cobrados e pressionados por seus gestores; pois saberiam que  eles têm metas de venda, de tempo em atendimento, de rechamadas e etc.; pois saberiam que por alguns estarem recentes na área, muitas vezes não sabem passar a informação desejada e precisam de um tempo para pesquisar...

Assim, cada um teria a sensibilidade de lidar ao falar com um operador de telemarketing, e sentiriam na pele que, de fato, eles são gente como a gente.

(Dener Abreu)

domingo, 25 de agosto de 2013

No final das contas



No final das contas, o que fica são as histórias; os momentos marcantes; as recordações; as fotografias; os amores; as histórias de verão; sorrisos e, porque não também as lágrimas. Lágrimas de felicidade, de lembranças de tudo que foi passageiro, mas que se eternizou em fotos, fatos e memórias.

(Dener Abreu)