São 02:37h
da manhã, acabei de assistir o documentário Rock Brasília – Era de ouro, que
depois de um bom tempo almejando, hoje tive a oportunidade de vê-lo. Não é de
hoje que a Legião Urbana mexe comigo, com suas músicas diretas e
revolucionárias e atemporais. Sim, atemporais! Passaram-se os anos e o século
agora é o XXI, e pode-se ouvir as músicas da Legião sendo cantadas em rodas de
amigos nas praças ou ao redor de uma fogueira num luau qualquer, ou sendo
tocadas na casa do vizinho ou também cantadas nos show de grandes artistas. O
tempo passou, a ditadura acabou, o sistema evoluiu em todos os seus pilares, (ainda
bem!) e as músicas da Legião continuam e, acredito eu, sempre continuarão
fazendo sentido para todas as gerações através dos tempos.
Conheci a banda através do meu pai que
também a admira bastante. E então, no início da minha adolescência, não lembro
exatamente a idade, mas foi quando as músicas da banda começaram a fazer
sentido para mim, quando eu passei a saber interpretá-las e então peguei todos
os CDs da Legião que meu pai tinha e passei a ouvi-los incessantemente,
prestando atenção a cada letra, pesquisando cada assunto abordado, inclusive os
contidos nas entrelinhas.
Gastaria
aqui folhas e folhas de papel explicando esse amor, mas quase esqueci que amor
não se explica. Apenas chegou e ficou. E para mim, que faço parte da geração
dos anos 90, resta apenas a coleção de discos, os DVDs, as entrevistas, os
vídeos espalhados pela internet, as biografias...
Resta-me
apenas a saudade, saudade de tudo aquilo que eu não vivi no tempo em que eu não
existia.
(Dener Abreu - 20/06/2014)
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