sexta-feira, 30 de março de 2012

Engraçado como algumas pessoas estão tão presas aos estereótipos de vida e ainda te cobram eles! Pra mim a vida não é só: Nascer, crescer, se casar, reproduzir e morrer. A vida pra mim é mais que isso. A vida é muito melhor sem esses roteiros e suas programações. Sem essas cobranças. Podemos sim sermos felizes sem eles, e talvez até somos mais felizes e bem sucedidos sem eles, e a mim não cabe esses estereótipos e roteiros arcaicos de como viver a vida. (Dener Abreu)

terça-feira, 20 de março de 2012

A cidade Whatever era governada por uma legião de raposas . É o melhor lugar do mundo. Ali todas as pessoas são felizes; as crianças sempre brincam no jardim.
As pessoas sempre sentam defronte a uma torre, e ali ficam vigiando, sem descanso. Há um grande relógio com sino. As pessoas têm orgulho e admiração pelo imenso relógio. Nunca houvera nenhum problema com o instrumento. A vida inteira o grande sino tocara regularmente as horas.
Há muito existe entre os habitantes um dito de que "nenhuma felicidade pode vir do governo das raposas".
Ontem, quando faltavam cinco minutos para a meia-noite, todos esperavam o rufar do sino, quando então viram um estranho fenômeno indo em direção ao relógio.
Faltando três minutos para a meia-noite, todos puderam ver o estranho fenômeno - era o diabo.
Mesmo assim, isso não desviara a atenção das pessoas.
O sino já estava para tocar, e todos olhavam os seus relógios; e aquele ser horrendo permanecia ali ao lado do sino.
Estavam todos ocupados em prestar atenção às badaladas. E então elas começaram:
-Um! - disse o relógio.
-Um! - repetiram todos os ecos.
-Dois! - continuou o grande sino.
-Dois! - repetiram todas as pessoas em sua cadeira.
-Três!
-Quatro! Cinco! Seis! Sete! Oito! Nove! Dez! - e todos responderam.
-Onze! - disse o grande relógio.
-Onze! - responderam as pessoas.
Doze! - disse o relógio.
-Doze - repetiram todos, satisfeitos, baixando as vozes.
Mas o grande sino ainda não terminara:

-Uma! - disse ele.
-O diabo! - assombraram-se todos em suas cadeiras.
-Uma?! (Toda multidão assustou-se)
-Mas como pode?
Quando eles voltaram seus olhares para o sino e deram-se conta que não podiam ver nitidamente, e viam com dificuldade, não sabiam se ali estava o diabo ou a raposa.
E então ouviram uma voz dizendo:
-Sim uma hora da manhã. Decretei hoje o horário de verão.
Assustados e desorientados ficaram as pessoas, e a cidade tornou-se um grande caos.
(Dener Abreu)

quarta-feira, 14 de março de 2012

Aos 15 - Nada se sabe
Aos 18 - Se aproveita pouco
Aos 29 - Se abre os olhos
Aos 30 - Começa a vida.
(Dener Abreu)
Com a demora eu fui aprendendo a ser paciente. (Dener Abreu)

quinta-feira, 8 de março de 2012

Meu Eu

Eu escrevo, eu deito, eu leio,
Me devoro, me acho, e procuro...
Encontro, às vezes, me recrio e me viro do avesso.
Eu me assombro, e me apoio no meu ombro,
Então eu faço, num compasso,
No meu passo, e digo que lhe acho.
Eu me invado, vou no fim do que procuro,
E quando quero, sai de baixo!
Vou até o fim,
Sem passar por cima de ninguém,
Pois com a simplicidade de um simples,
Que busca o que quer e traz o que puder,
Eu vou levando a vida sem prejudicar o outro.
(Dener Abreu)

Brasil: País do futuro?



Sendo o que somos, não se pode adiar mais a formação de um projeto próprio que nos insira no contexto mundial, guardando nossa autonomia econômica para um crescimento autônomo. O que nos falta hoje é maior indignação generalizada em face de tanto desemprego, tanta fome e tanta violência desnecessárias, porque perfeitamente sanáveis com alterações estratégicas na ordem econômica. Falta mais ainda, a competência política para usar o poder na realização de nossas potencialidades.
A história nos fez, pelo esforço de nossos antepassados, detentores de um território prodigiosamente rico e de uma massa humana metida no atraso mas sedenta de modernidade e de progresso, que não podemos entregar ao espontaneísmo do mercado mundial. A tarefa das novas gerações de brasileiros é tomar este país em suas mãos para fazer dele o que há de ser, uma das nações mais progressistas, justas e prósperas da Terra. (O Povo Brasileiro, pág.187 - Darcy Ribeiro)

terça-feira, 6 de março de 2012

Estou pensando numa sensação estranha que experimeno às vezes, a sensação de ter alguma coisa importante a dizer e o poder de exprimi-la... só que eu não sei o que é, e não posso utilizar esse poder. (Adimirável Mundo Novo, pág. 118)