terça-feira, 30 de agosto de 2011

Oriente Médio (Duas Tribos)


















Acompanhando as notícias sobre as guerras na Líbia, lembrei-me da música "1965 (Duas Tribos)" - da banda Legião Urbana, que retrata os efeitos da Ditadura Militar. A letra da música, escrita há tempos, parece fazer mais sentido com o passar do tempo.
"Mataram um menino
Tinha armas de verdade
Tinha arma nenhuma
Tinha arma de brinquedo"

Na atual guerra, vemos crianças, pessoas inocentes sendo mortas. No trecho, "um menino" simboliza os inocentes, quem não sabem ou não têm condições para defender-se. "A arma de verdade" - as utilizadas pelo ditador e seu grupo. "Arma nenhuma" - as pessoas que não tinham defesa, não tinhas objetos, armas para revidar. "Arma de brinquedo" - poderia até haver armas ali, porém armas de brinquedo das crianças.

"O Brasil é o país do futuro
O Brasil é o país do futuro
O Brasil é o país do futuro

[...]
Em toda e qualquer situação

Eu quero tudo pra cima..."


Neste caso, no caso da Líbia, o trecho simboliza o desejo do seu país, de sua nação ter um futuro melhor.
Duas Tribos: O Ditador e a Sociedade.

Amanhã não se sabe...

Há quem deixe para declarar, nos seus últimos minutos de vida, o que mais se tem vontade de dizer,
Mas é que às vezes o ocaso vem sem avisar.
Há quem dê valor aos cacos de vidros, esquecendo e desprezando os diamantes.
Há quem deixe o egoísmo o infectar.
Que o orgulho do soberbo não o deixe arrogante. Que o sucesso não lhe suba ao cérebro, pois ele pode deixar-te enfermo.
Pois a vida é breve, e tudo não passa de pequenas coisas, pequenos acessórios que o seu uso é apenas de passagem.
E que, no mundo doente, ao menos uma vez, o mais simples fosse visto com mais importância.

domingo, 7 de agosto de 2011

Porque um dia, eu sei, vou ter que deixar-me ir

 
Então só me resta ser, através das ideias e dos fatos, uma pessoa que passa, infinitamente curioso e atento.
Viver o carpe diem e seus clichês. Conhecer o sabor das massas e das maçãs, as manhas e as manhãs.
De todas as coisas e momentos instantâneos, só resta-me esbanjar. Imediatismo, sei lá...
Primeiro a gênese, depois o crescer, a adolescência, e então o jovem, e depois o jovem, depois o jovem, o jovem.
E por fim, o inevitável fim, pois nada é pra sempre e isso é uma pena.

Senhora Dona Bahia - (Gregório de Matos)

 Esse poema diz tudo!

Senhora Dona Bahia,
nobre e opulenta cidade,
Madrasta dos naturais,
e dos estrangeiros madre:
Dizei-me por vida vossa
Em que fundais o ditame
De exaltar os que aqui vêm,
E abater os que aqui nascem?
Se o fazeis pelo interesse
de que os estranhos vos gabem,
isso os paisanos fariam
com conhecidas vantagens.
E suposto que os louvores
em boca própria não valem,
se tem força esta sentença,
mor força terá a verdade.

(Gregório de Matos)

Vós Etiqueta

Numa sociedade em que a etiqueta da roupa vale mais do que o caráter, do que o jeito de ser, pouco se vê o suave, a simplicidade.
Nessa sociedade capitalista que prioriza o consumo exagerado do que as coisas mais simples e mais belas que se perderam na gravidade do tempo.
Suas aparências falam de produtos. Desde a cabeça ao bico dos sapatos pode-se ver as mensagens, gritos visuais, letras falantes, ordens de uso e abuso, tornando-se assim escravos da matéria anunciada.
É duro andar na moda, mesmo que a moda seja negar a identidade, trocá-la por mim, monopolizando-a.
E então deixam de ser si próprios para virar artigo industrial, mudando o seu nome para: coisa. Coisamente.

Multicoloridos

 
E um dia se atreveu, mesmo sentindo medo, a atravessar o tão tenebroso mar, povoados por monstros e outros perigos (segundo a lenda). Era um grande obstáculo a ser vencido, para obter mais terras e mais riquezas.
Chegaram nos espaços dos nativos. Imporam-lhes ordens, escravizaram-lhes, levaram os seus ouros e o ouro branco. Queriam mudar-lhes os hábitos, queriam dominá-los.
Através dos oceanos, chegaram no Novo Mundo, e assim houve essa mistura verde, amarelo, azul e branco.
Mas então, cadê a Ordem? e o Progresso?

Na Média sem média

De trás dos Burgos se manda e desmanda,
Obedece quem precisa, manda quem tem mais.
Nos altos castelos - proteção.
E quando o caos chegar?
Soberania até o aparecimento da heresia.
E depois tudo renasceu.